sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Breves Ecológicas 2


Por Annyela Rocha




Príncipe Charles quer proteger a Amazônica


O Príncipe Charles é um grande adepto da moda green. Além de converter os próprios carros para rodar à base de óleo de cozinha e biocombustível feito a partir do vinho, o príncipe agora quer proteger as florestas tropicais do planeta.

Charles lidera uma organização em defesa a estes tipos de florestas. O objetivo principal é arrecadar dinheiro para cuidar do Congo e da bacia amazônica.

O Prince's Rainforests Project garantiu a doação, por parte dos Estados Unidos, de 275 milhões de dólares para a proteção das florestas tropicais. A destruição desse tipo de bioma abrange 12% das emissões de gases agravantes do efeito estufa no mundo.


Parque pernambucano corre riscos

O Parque Nacional do Catimbaú, inserido na bacia hidrográfica do São Francisco, está em perigo devido ao grande desmatamatamento perto da "Pedra do Cachorro", uma das principais formações geográficas do parque.

Abrangendo as cidades de Sertânia, Arcoverde, Buíque, Ibimirim e Tupanatinga, o parque abriga diversos sítios arqueológicos que contêm registros milenares da presença humana.

A "Pedra do Cachorro" é constituída por rocha arenítica, possuindo um grande armazenamento de água. Nos períodos de seca, é graças a essa constituição que a região permanece com a vegetação rica. Os desmatamentos levam ao desgaste acelerado, comprometendo a preservação do local.





Rinocerontes considerados extintos são encontrados no Vietnã

A WWF (Fundo Mundial para a Natureza, tradução do inglês) anunciou nesta sexta-feira (20) que um grupo de cientistas encontrou sete exemplares do rinoceronte de Java, numa selva no Vietnã. Desde o dia 10 de novembro, a busca contou com a ajuda de cães treinados.

Os rinocerontes de Java se diferenciam dos demais por preferirem como habitat as florestas e pântanos, ao invés dos ambientes mais abertos. Talvez os hábitos desse animal já sejam um indicativo da ameaça sofrida pela espécie.


Há muito tempo correndo riscos, em 1998 o rinoceronte de Java foi considerado extinto no Vietnã, depois de um caçador matar o suposto último exemplar da espécie no país.

Esse tipo de rinoceronte tem poucas chances de continuar existindo, mas de vez em quando surgem surpresas como esta, dando esperança aos biólogos. Há quase um ano atrás foram encontrados quatro filhotes da espécie, numa floresta a oeste da Ilha da Indonésia. Os pequenos rinocerontes tinham cerca de 6 meses de vida e foram vistos por pesquisadores durante uma expedição.



Indígenas têm voz em Copenhague

Segundo o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, os povos indígenas precisam ser escutados no próximo mês em Copenhague, na cúpula das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

A razão pela qual os indígenas merecem ser ouvidos é a experiência que eles têm na gestão dos recursos ambientais.

A cúpula têm incentivado os países como a Coréia do Sul e a Rússia a criarem novas metas de redução de emissões de CO2. O debate mundial sobre as alterações climáticas começa no dia 7 de dezembro, na cidade de Conpenhague, Dinamarca.







quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Breves Ecológicas

Da Redação do Não Pise na Grama



Dalai Lama também está preocupado

O Dalai Lama pediu nesta quarta-feira (18) que a China estivesse atenta ao derretimento das geleiras da região do Tibete, e disse que a crise ambiental é mais urgente do que a solução política sobre o futuro do Tibete. A advertência foi feita durante uma cúpula sobre a fome mundial realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o líder budista, os rios alimentados pelas geleiras do Tibete e as montanhas cobertas de neve poderiam desaparecer entre 15 e 20 anos.



Péssimas notícias 1: vai ficar calor!

Novos dados coletados sobre as emissões mundiais de CO2 indicam que, caso não haja esforços combinados para diminuir a queima de combustíveis fósseis, o planeta pode esquentar até 6 graus Celsius no próximo século.

Péssimas notícias 2: brasileiros poluem muito

Cada brasileiro é responsável, em média, pela emissão de 10 toneladas de gás carbônico (CO2) por ano. O número é duas vezes maior do que a média mundial. Os dados são da Rede-Clima, ligada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).




Muito bem Coréia do Sul!

A Casa Presidencial da Coréia do Sul confirmou, na última terça-feira (17), que pretende reduzir em 4% a emissão de gases que causam o efeito estufa, até 2020, em relação aos níveis de 2005. O plano do país foi aprovado antes da cúpula das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, que será realizada no próximo mês, a partir do dia 7, em Copenhague.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Onde anda sua consciência ecológica?

Da Redação do Não Pise na Grama

Além de muitos estudantes, outras duas coisas são bem fáceis de encontrar no campus da Universidade Católica de Pernambuco: o lixo no chão e os distribuidores de panfletos.

A equipe do Não Pise na Grama resolveu verificar a opinião dos alunos da Unicap sobre essa poluição nas áreas de convivência da universidade.

Apesar das boas intenções, a maioria dos estudantes não são “ecologicamente corretos”, contribuindo para a poluição no local.

O vídeo Onde anda sua consciência ecológica também está no youtube

terça-feira, 10 de novembro de 2009

De olho na reciclagem

Por Aline Souza

Anualmente cerca 400 milhões de baterias são comercializadas, segundo dados da associação brasileira da indústria elétrica e eletrônica (Abinee). E, claro, após ficarem sem utilidade esses materiais são descartados no lixo. E é aí onde mora o problema, pois, grande parte dessas baterias vai para o lixo comum.

Não vemos muitas empresas pregando responsabilidade social e orientando os usuários a maneira correta de reciclar esses produtos. A única empresa no país que responde por essas questões é a Suzaquim, Indústrias Químicas Ltda que “tem como missão cooperar com a preservação do meio ambiente através do reprocessamento e da destinação final de resíduos industriais, pilhas e baterias, resíduos tecnológicos para a produção de óxidos e sais metálicos”.

De olho nessas questões, A Baterias Moura, empresa pernambucana líder nesse mercado em toda a América Latina, selou parceira com a Prefeitura de Belo Jardim (PE), e os integrantes da Associação Tareco e Mariola ajudam na coleta seletiva do lixo da cidade. Eles também recebem os materiais descartados pela fábrica da Moura, transformando o lixo em artesanato, utensílios e até mesmo em móveis.

Mensalmente, a Associação chega a reciclar 29 toneladas de produtos, o que equivale à metade da produção diária de lixo em Belo Jardim (PE).

A jornalista Sílvia Fragoso, 26, fica atenta: "Tenho que admitir que antes eu não era muito correta nas minhas ações, mas atualmente ando trocando de celular a cada ano para ficar atualizada com o mercado e a vida útil delas não é a mesma de tempos atrás, além disso, utilizo três aparelhos, um de cada operadora. Então, não somente pelo uso excessivo do celular é que os desgasto facilmente, mas acidentes de percurso acontecem e as vezes o aparelho fica inutilizável. Também uso laptop e demais tecnologias que usam baterias e acabei atentando para o fato do quanto antes eu poluía o meio ambiente jogando tudo isso no lixo comum".

É verdade que o tratamento desse lixo não é algo tão relativizado e infelizmente nem todos cumprem o mesmo papel e tem senso de civilização, mas consciência ambiental é algo que todo consumidor deve – ou deveria – ter.


Green está na moda. Moda custa. Então quanto custa um verdinho básico?


Por Thiago Hanken



Green! Esta palavra é repetida em várias campanhas publicitárias do conceito “be Green” – em tradução livre: seja verde! Este novo conceito de “ser verde” tem tomado conta não só de algumas empresas como a Unilever e o Grupo Pão de Açúcar, mas também de setores públicos no mundo.
O Grupo Pão de Açúcar e a Unilever criaram, em parceria, o projeto Estações de Reciclagem Pão de Açúcar/Unilever. Seguindo os padrões de cores, mais de 100 supermercados em 8 estados brasileiros dispõem de depósitos coloridos para descarte de material reciclável. A iniciativa das duas empresas arrecada em torno de 22.000 toneladas de material. No site da Unilever você encontra um link com os endereços das Lojas Estações de Reciclagem do grupo.
Não só com iniciativas privadas podemos contar. Muitos ministérios e departamentos de governo estão entrando na onda green. Na Suíça o palácio do governo da cidade de Berna é aquecido com o lixo incinerado dos suíços. O calor do lixo queimado esquenta as caldeiras de água que por sua vez, ao evaporarem, aquecem residências e prédios do parlamento suíço. Já nas americas, o departamento de estado dos Estados Unidos criou uma campanha interna para o seu ministério.
Todas as seções do departamento de estado, incluindo as missões diplomáticas, como embaixadas e consulados, devem adotar ideias para evitar o desperdício de papel e energia em seus postos de trabalho. Uma das ideias é instalar placas de energia solar em alguns consulados americanos do mundo. Além disso, frente e verso dos papeis são utilizados para evitar desperdício, política também adotada em várias empresas aqui no Brasil.

A campanha verde implantada nestas instituições e empresas são parte de um projeto com cara de ecológico, porém com alma publicitária. Ser verde tornou-se sinônimo de status no mundo coorporativo e, também, socialmente. Para as empresas ser verde dá a conotação de credibilidade e valorização de uma marca através de atitudes preventivas com o meio ambiente. Para os cidadãos comuns o símbolo de status social aplicado à relevância da causa se deve ao custo por trás da boa ação.
Comprar produtos com embalagens biodegradáveis no Brasil custam caro. “Este tipo de material não apresenta a característica mecânica de permeabilidade necessárias para a produção e utilização em escala industrial” - completa Fabio Yamashita, integrande do grupo de pesquisa de embalagens biodegradáveis do departamento Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina.
O cidadão comum pode fazer a sua parte sem gastar tanto. O site Verbeat.org ensina como fazer coleta seletiva em casa e separar o que é reciclável do não reciclável. A proporção desta iniciativa traz benefícios prazos mais curtos do que o tempo em que embalagens biodegradáveis viriam a custar menos.

Ser verde está na moda, mas não deve ser para poucos. Vista você também a camisa e comece a aderir o verdinho básico.

O terror dos cegos podem servir de estrutura para os visionários

Por Bernardo Valença

Os orelhões foram perdendo a importância com o tempo. Ninguém sabe se hoje servem mais para passar trotes, proteger contra uma chuva repentina ou dar topadas em cegos, que frequentemente batem a cara na concha do aparelho.

Só no Brasil, o número de aparelhos móveis aumentou em quase 500%, desde 2001. Enquanto número de telefones públicos nacionais decresceu 17%. Mostra que os orelhões precisam de uma nova finalidade – ou serão extintos, ou transfigurados.

Nos Estados Unidos, eles servem de local para o Super-homem trocar de roupa. Outros países, como a Inglaterra, os têm como símbolo; turistas de todo o mundo tiram foto das cabines vermelhas. Já na Espanha, especificamente em Madri, os orelhões vão servir de posto de abastecimento para carros elétricos.

Trinta orelhões foram selecionados como cobaias na capital espanhola. A transformação visa estimular o uso de carro elétrico na cidade e aproveita da infra-estrutura deixada pelos aparelhos públicos.

Porquê os orelhões? Pois eles estão geralmente perto do meio-fio – o que facilita o abastecimento dos veículos – e, principalmente, pois já estão ligados a uma rede elétrica – o que ajuda na instalação do aparelho de recarga.

“Ainda é uma coisa muito embrionária”, diz o engenheiro eletrônico Daniel Arraes. “A Espanha inteira só tem menos de 50 carros elétricos, e esse teste está sendo feito somente em Madri”, conta o engenheiro.

Além disso, a cidade está estimulando a compra desses novos veículos com outras iniciativas. Como reduzir os impostos e não cobrar estacionamento para os carros elétricos, pretendem aumentar para 2 mil o número desses veículos na rua.

O aparecimento dos carros elétricos nas ruas é algo que tende a acontecer em breve. As pessoas estão cada vez mais cientes de que precisam fazer algo pelo planeta e os veículos movidos a eletricidade é uma das alternativas para não poluir tanto o mundo; pois não soltam CO2 na atmosfera e são mais silenciosos.

O primeiro automóvel elétrico foi construído em 1838, pelo inglês Robert Davidson e, no final do século 19, eram mais populares do que os movidos a gasolina. Mas haviam barreiras que até hoje precisam ser enfrentadas, como a autonomia e o tempo de recarga da bateria. Antes da solução do problema, a Ford lançou o Ford T, em 1909. Carro movido a gasolina que se tornou febre na época e acarretou uma onda por carros movidos a combustão.

Hoje, com a poluição e com um previsto esgotamento dos combustíveis fósseis, se pensa mais em soluções alternativas. Tornar viável o uso dos carros elétricos em Madri pode parecer pouca coisa, mas é um reflexo de uma atual onda de pensamento. Mostra que estamos projetando conscientemente o mundo; com idéias simples, criativas e viáveis para a solução dos nossos problemas.


Vegetarianismo: se preocupar com os animais também é cuidar do meio ambiente


Por Annyela Rocha


Durante toda a vida, para a maioria dos mortais, compramos, cozinhamos e comemos um elemento presente em tantas refeições: a carne. Seja de boi, frango, peixe, porco, bode, pato ou até de jacaré, ela está lá. Entre essa maioria surgem os vegetarianos, alguns mais radicais do que outros, mas todos sempre conscientizados dos benefícios deste tipo de dieta, seja para si mesmo ou para o equilíbrio ecológico.

Há quem simpatize com a forma de vida, como o ator Diogo Marcos, mas prefere continuar sendo um “carnívoro”. Ele tenta moderar o consumo de carne, principalmente depois de ter visto alguns vídeos mostrados por uma amiga. “Entendo a ideia e acho muito válido. Os animais sentem dor e eles não merecem essa exploração”, conta Diogo.
A estudante de biologia Juliana Ribeiro é vegetariana há pouco mais de seis anos. Para ela, comer carne é uma hipocrisia. “Eu não tenho coragem de matar nenhum ser vivo, então por que eu vou comer um animal morto?” Juliana também atribui ao vegetarianismo o amadurecimento pessoal, pois parou de beber, fumar e se tornou mais organizada. Ainda assim, não acredita que isso se aplica a todos os vegetarianos, pois “a dieta é muito restritiva”.

No entanto, apenas deixar de comer carne nem sempre é o suficiente existindo, assim, diversas correntes vegetarianas. A macrobiótica divide os alimentos entre as energias yin e yang, equilibrando-as nas refeições. No frugivorismo, é permitido comer apenas frutas, nozes e certos legumes, pois há a preocupação de não matar as plantas. A corrente mais radical é provavelmente a vegan, pois ela é ainda mais ideológica. Além de não ingerir nada de origem animal, os adeptos devem evitar produtos como lã, gelatina e cosméticos testados em animais. Juliana Ribeiro quer se tornar uma vegan e já deixou de ser uma consumidora de queijo, ovo e mel, mas diz não conseguir ainda “entender muito bem o veganismo”.

Mesmo conhecendo as vantagens de ser um vegetariano, o estudante da Universidade Federal de Pernambuco, Lucas Andrade, cansou de resistir e abandonou a dieta. “Passei um ano e meio sem comer nenhum tipo de carne. Foi muito bom, gostei e até emagreci.” Lucas não conhecia, na época, os restaurantes vegetarianos da cidade. “Era muito difícil para mim, porque não havia opções quando eu saía de casa”, ele afirma.

Independente de qual seja a corrente escolhida, ser vegetariano traz benefícios físicos e também mentais. Além de ingerir alimentos mais saudáveis, existe a sensação de que se está fazendo algo de bom para o meio ambiente. “Eu não pensava ‘vou mudar o mundo’, mas sabia que estava fazendo a minha parte e ficava tranquilo”, concorda Lucas.